Postagens

A natureza científica dos trabalhos monográficos

 No dizer de Amato (2006, p. 181) a “monografia é o documento resultante de um estudo minucioso que deve esgotar determinado tema específico e limitado. Trata-se de trabalho em profundidade e não em extensão.” O autor pesquisa um assunto preestabelecido, consultando a literatura, aprofundando-se e adquirindo conhecimento suficiente para discorrer sobre um único tema. É necessário que o autor apresente sua contribuição pessoal, ou seja, “confronte as convergências, procure entender as divergências e faça inferências sobre as diferenças, tomando posição, justificando-se e fazendo contribuições reflexivas” (MORAES; AMATO, 2006, p.181).   A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio de sua NBR 14724, de 30 de dezembro de 2005, normalizou e estabeleceu os princípios gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos, na forma de monografia, seja para a graduação, a especialização, o mestrado ou o doutorado. A disposição dos elementos da monografia está apresentada no Quadro 2.2

POR QUANTAS HORAS DIÁRIAS UM REVISOR PODE REVISAR?

A profissão de revisor de textos é um campo que exige equilíbrio delicado entre produtividade e bem-estar. Garantir a qualidade dos textos é crucial, mas também é fundamental cuidar da saúde e do estado mental durante o processo de revisão. Em relação à quantidade de horas diárias que um revisor pode trabalhar efetivamente, não existe uma resposta única que se aplique a todos. Cada revisor tem suas próprias capacidades e limites. No entanto, é consenso que a qualidade do trabalho revisado deve ser sempre priorizada em relação à quantidade de trabalho revisado. Para evitar prejudicar a saúde e o bem-estar, os revisores devem estar cientes dos sinais de fadiga e estresse. Quando a concentração começa a diminuir ou a exaustão se torna evidente, é importante fazer pausas regulares. Essas pausas podem incluir breves caminhadas, meditação ou simplesmente desconectar-se por alguns minutos. Eu sugiro que não seja ultrapassado o horário comercial de trabalho, durante a manhã e tarde, e que nã

FILOSOFIAS DE PESQUISA: AS RAÍZES DO CONHECIMENTO

Olá a todos! Sejam bem-vindos a esta jornada de métodos de pesquisa. Meu nome é Anderson Hander, e há mais de 16 anos, trabalho como Revisor de Textos Acadêmicos . Hoje, vamos explorar as filosofias e paradigmas de pesquisa. Ao ler este texto, estou certo de que você já adquiriu um amplo conhecimento sobre métodos e metodologias de pesquisa. No entanto, agora, iremos aprofundar nossos conhecimentos, concentrando-nos nas filosofias da pesquisa. A filosofia da pesquisa é o alicerce teórico que sustenta a metodologia que você escolherá em qualquer pesquisa que deseje empreender. Ela é como uma estrutura invisível que sustenta o método aparente. Os elementos mais visíveis durante uma pesquisa, como a escolha do método, representam apenas a ponta do iceberg. Hoje, nosso foco é explorar a filosofia da pesquisa, o arcabouço teórico que fundamenta a seleção do método. A expressão "filosofia de pesquisa" refere-se à abordagem ou conjunto de princípios que orientam a forma como um pesq
Imagem
  Escrevi este post em resposta aos vários   e-mails   que recebo, com questionamentos sobre como comecei a empreender na internet, ao longo destes 19 anos. Meu nome é Anderson Hander Brito Xavier. Sou Revisor de Textos. Atuo há mais de 17 anos na área de Educação. Comecei a empreender na escola; eu fazia a capa dos trabalhos dos meus colegas, e ensinava inglês a eles aos finais de semana (no Segundo Grau). Quando entrei na universidade, ganhei muito dinheiro dando aulas particulares, e sendo fiscal de provas de concursos e vestibulares (fui fiscal do CESPE durante vários anos da minha vida), e participei de vários projetos como bolsista. Eu paguei todos os meus intercâmbios com o dinheiro que recebi desses projetos. Comecei com o Marketing Digital em 2003. criei um blogue na plataforma WordPress. Foram mais de 10 anos, desde então, escrevendo textos para os meus sites; e eu ainda escrevo, até hoje, ao menos, um texto por semana. Depois expandi a minha visão com Google Ads e outras pos

Construções com gerúndio em dissertações e teses

  Construções com gerúndio em dissertações e teses Não quero, neste post, construir aquelas máximas sobre o que deve ou não ser feito em textos acadêmicos. Não proponho um manual ”decoreba” que deve, à risca, e inflexivelmente, ser seguido por pesquisadores. Chamo a atenção, no entanto, para períodos longos, cujas orações são ”emendadas” por meio de verbos com gerúndio, comumente elaboradas como no exemplo a seguir: Assim, a cidade vai se favorecendo para carros, como por exemplo, o caso de edifícios privados, onde, muitas vezes, nestes, destinam-se seus primeiros andares para ao servirem serviço de garagem, já que não há uma imposição quanto a isto na legislação, tampouco nem quanto em relação ao número de vagas máximas permitidas em Belém, o que faz com que as fachadas ativas sejam cada vez menos presentes impactando o seu entorno e existindo um benefício individual que prejudica o coletivo. Sugestão de reescrita: Assim, a cidade favorece transportes individuais como carros, edifício

Redação de textos acadêmicos: algumas dicas

Redação de textos acadêmicos: algumas dicas ”A TABELA 3 REVELA…” Evite construções, em textos acadêmicos (artigos científicos, Trabalhos de Conclusão de Curso, Dissertações de Mestrado, Teses de Doutorado), como esta: (1) “A tabela 3 apresenta o…”. Não insira termos como (tabela, quadro, figura) na posição de sujeito. Eu não gosto dessas máximas ”decorebas” que evitam a crítica. Mas esse tipo de construção é malvista na academia. Vários manuais de redação científica desaprovam esse uso. Na verdade, a tabela, o quadro etc. não podem assumir a posição do pesquisador ou de quem elaborou dados de uma pesquisa. Quem tem essa função é o pesquisador. Então, por essa razão, essas estruturas (1) devem ser reescritas da seguinte maneira: ”Na tabela 2, apresenta-se…” ou ”(…) o grau de estabilidade (consoante tabela 2)”. Além disso, não há razão para destacar os termos tabela, quadro, figura em letra maiúscula. Esses elementos, antes de aparecerem no texto acadêmico, precisam ser anunciados. E eu